Van Helsing - O Caçador de Monstros

O personagem Van Helsing surgiu inicialmente no livro “Drácula”, de Bram Stoker, como o professor especialista nos mistérios das criaturas bebedoras de sangue. Mas em “Van Helsing - O Caçador de Monstros”, o personagem troca os livros pelas pistolas e se torna o grande herói que defende o mundo das criaturas da noite. Sem lembrar de seu próprio passado, Van Helsing trabalha para uma organização secreta, formada pelos defensores do bem de todas as religiões, e que buscam livrar o mundo do mal. Nessa missão, o caçador deve viajar à Transilvânia e proteger a bela Anna Valerious. Ela e seu irmão são os últimos descendentes de uma família que jurou proteger o mundo do temido Conde Drácula, e que agora está sendo caçada por ele e suas noivas vampiras. Ajudado pelo Frade Carl e suas invenções, Van Helsing logo descobre que Drácula está usando os experimentos do falecido Dr. Frankenstein para dar vida a um exército de criaturas filhas de Drácula e suas noivas.
Aproveitando todos os monstros clássicos que o público conhece tanto que nem se precisa explicar quem são, “Van Helsing” faz uma salada de histórias um pouco como em “A Liga Extraordinária”. O filme inclui, por exemplo, Drácula e suas noivas, lobisomens, o frankenstein e até mesmo o Sr. Hyde, da história de “O Médico e o Monstro”. Hugh Jackman (o Wolverine de “X-Men – O Filme”) faz o papel de Van Helsing nessa divertida aventura. Jackman consegue segurar o filme ajudado por um bom roteiro, que lhe fornece uma infinidade de frases clichês para dar bastante força a seu personagem. Junto dele está a lindíssima Kate Beckinsale, que acabou de sair de outro filme de vampiros, “Anjos da Noite – Underworld”. Aqui ela faz o papel de Anna Valerious, a clássica mocinha que se apaixona pelo herói e é perseguida pelo vilão. Carl, que é uma espécie de Q para Van Helsing (suas engenhocas são dignas de James Bond), é interpretado por David Wenham (o Faramir, da trilogia de “O Senhor dos Anéis”), e é responsável pelas cenas mais engraçadas do filme. As invenções produzidas por Carl para Van Helsing são uma das diversões do filme. Apesar de passado no final do século XIX, o arsenal do caçador inclui lâminas giratórias, uma besta que atira rápido como uma metralhadora, granadas de luz do sol e até as mais tradicionais pistolas com balas de prata. Mas voltando ao elenco, Drácula é interpretado por Richard Roxburgh, e apesar de ter alguma boas partes, não é dos vampiros mais assustadores que o cinema já produziu.
”Van Helsing” é um filme extremamente CAFRI, e que deve ser assistido preferencialmente no cinema. Isso porque sua principal força está nas cenas de acção, efeitos especiais e fotografia. É um filme para a tela grande, para o som envolvente de uma boa sala de projecção. Filmado quase todo em Praga e redondezas, o filme tem óptimos cenários, incluindo castelos, salões de baile (para a cena do salão de baile, foram contratados artistas e coreógrafos do Cirque du Soleil), montanhas geladas, florestas, tudo que a região pode oferecer, mas sem perder a atmosfera escura e fria necessária para a história. A isso se somam os efeitos especiais, pesados em computação gráfica, utilizados para as transformações das criaturas, onde têm destaque a transformação do lobisomem, e os aspectos mais demoníacos de Drácula. Não é um filme imperdível, mas é uma óptima diversão.

Foi um dos filmes que mais gostei de ver... O próximo a falar é sobre Hidalgo. Até à próxima!