segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Greve em Viseu

Greve dos professores com adesão superior a 90%

09h05m

O porta-voz da plataforma sindical dos professores, Mário Nogueira, afirmou que os primeiros dados sobre a adesão à greve de hoje apontam para "adesões superiores a 90 %" em todo o País.

Em declarações aos jornalistas esta manhã, na secundária Jaime Cortesão, em Coimbra, Mário Nogueira considerou que a paralisação de hoje "representa uma grande derrota das políticas educativas do Governo".

Os professores realizam hoje mais uma greve, em protesto contra o modelo de avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente, estimando os sindicatos uma adesão superior a 90 %, à semelhança da registada a 03 de Dezembro.

Na última paralisação nacional de docentes, os sindicatos apontaram uma adesão na ordem dos 94 %, enquanto segundo os números avançados pelo Ministério da Educação não foi além dos 66,7 %, valor que a tutela considerou "significativo".

In "Jornal de Notícias" Online


Greve: primeiras informações revelam níveis muito elevados de adesão

Ao início da manhã, naturalmente ainda sem percentegaens rigorosas, registavam-se níveis muito elevados de adesão à greve nacional dos professores e educadores, nesta segunda-feira, 19 de Janeiro, data que assinala dois anos sobre a publicação do "ECD do ME".

As informações que começaram a chegar aos dirigentes sindicais apontam, para já no arranque do período da manhã, para índices semelhantes aos da greve de 3 de Dezembro passado (recorde-se que essa teve uma histórica participação de 94 por cento).

Na Grande Lisboa estão numerosas escolas encerradas, como são os casos da Secundária Gil Vicente e das EB 2.3 Avelar Brotero e Conde de Oeiras, e outras registam uma adesão muito elevada. No distrito de Santarém, confirma-se também o fecho de várias escolas, como as Secundárias de Alcanena, do Entroncamento e a Dr. Augusto César Ferreira, de Rio Maior.

Em várias escolas da cidade de Coimbra (em duas delas já esteve o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, que ao início da tarde estará em Lisboa, no ME, para a entrega do abaixo-assinado) os primeiros resultados apurados registam, de facto, fortíssimos índices de adesão. como na Secundária Jaime Cortesão (100 por cento), EB 2.3 Silva Gaio (97 por cento), Secundária Quinta das Flores (95 por cento), EB 2.3 Martim de Freitas (95 por cento) e Secundária Infanta Dona Maria (96 por cento).

Também a 100 por cento estão a EB de Montemor-o-Velho e a EBI de Pereira do Campo. Na EB 2.3 de Vila Nova de Poiares a greve de hoje está, por agora, nos 97 por cento.

Ao longo do dia actualizaremos toda a informação sobre este 19 de Janeiro de firmeza e determinação

dos educadorese professores portugueses, que exigem a suspensão do actual modelo de avaliação , que está a perturbar profundamente o funcionamento das escolas, o desempenho dos docentes e as aprendizagens dos alunos e uma revisão positiva do Estatuto da Carreira Docente de que resulte a eliminação da divisão da carreira, a substituição do modelo de avaliação, incluindo as quotas, ou a revogação da prova de ingresso na profissão. / JPO


Professores em greve nacional exigem respeito, consideração e uma profunda alteração na política educativa

Os professores e educadores portugueses voltarão a fazer uma Grande Greve na próxima segunda-feira, dia 19 de Janeiro. Nesta data, em que se completam 2 anos sobre a publicação do Estatuto da Carreira Docente, os professores e educadores em Greve exigirão:

- A suspensão do actual modelo de avaliação que está a perturbar profundamente o funcionamento das escolas, o desempenho dos professores e as aprendizagens dos alunos;

- Uma revisão positiva do Estatuto da Carreira Docente de que resulte a eliminação da divisão da carreira, a substituição do modelo de avaliação, incluindo as quotas, ou a revogação da prova de ingresso na profissão.

Para a FENPROF, este será um importantíssimo momento de protesto e exigência! Um protesto também dirigido contra o clima de ameaça e intimidação que o ME procura instaurar nas escolas adoptando uma postura absolutamente inaceitável e antidemocrática; de exigência, não apenas pelas razões antes expostas, mas, igualmente, por uma verdadeira mudança das actuais políticas educativas que têm desvalorizado a Escola Pública e atentado contra a dignidade dos profissionais docentes e as condições em que exercem a sua profissão.

Na segunda-feira, dia 19 de Janeiro, o Secretário-Geral da FENPROF, Mário Nogueira, estará, às 8 horas, na Escola Secundária Jaime Cortesão e às 9.30 horas na EB 2,3 Alice Gouveia, ambas em Coimbra, onde acompanhará os primeiros momentos da Greve. Pelas 15 horas, já em Lisboa, integrará a delegação da Plataforma Sindical dos Professores que entregará no Ministério da Educação o abaixo-assinado exigindo a revogação do "ECD do ME" e a sua substituição por outro que respeite, valorize e dignifique os docentes e o seu exercício profissional.

ESCOLAS RESISTEM E, UMAS APÓS OUTRAS,
REITERAM DECISÃO DE SUSPENDER AVALIAÇÃO

A grande luta dos professores é a que estes travam, escola a escola, suspendendo a avaliação imposta pelo ME. Como a FENPROF sempre afirmou, à teimosia do ME e do Governo os professores respondem com determinação e firmeza e mantêm suspensa a avaliação que o ME tarda em suspender e recusando entregar os objectivos individuais de avaliação. É, pois, nas escolas que o ME está a ser derrotado pelos professores e educadores portugueses!

Todos os dias cresce o número de escolas que, após a publicação do Decreto Regulamentar nº 1-A/2009, de 5 de Janeiro, reafirmam as decisões já antes tomadas de suspender a avaliação. Mas mesmo em escolas em que essa decisão não foi tomada, são milhares os professores que decidem não entregar os objectivos individuais de avaliação.

Estas decisões dos professores e das escolas merecem todo o apoio da FENPROF que os exorta a manterem esta postura e a derrotarem as intenções da actual equipa ministerial e o Governo que, obstinadamente, insistem em levar por diante um modelo de avaliação que cria graves perturbações ao funcionamento e organização das escolas, que não contribui para a melhoria do desempenho dos docentes e que prejudica as aprendizagens dos alunos.

O ME seria responsável se decidisse suspender a avaliação, mas, perante a sua irresponsabilidade, os professores e educadores não hesitam e assumem eles a atitude mais responsável!


no site "Fenprof"




E você o que acha destas greves?Da luta dos professores? Concorda ?Não concorda? Dê a sua opinião!

Um comentário:

nuno medon disse...

Olá! Mesmo não sendo Professor, mas tendo muitos Professores na família, eu tenho a dizer que concordo com a greve dos Professores. Isto começou por causa do novo Modelo da Avaliação da Ministra ( penso eu ). Os professores não são contra a Avaliação, mas sim contra o Modelo que a Ministra quer. Recordo-me, de que quando era pequeno, os Inspectores percorriam as escolas para avaliar os Professores. O que está mal nisto, são Professores de outras áreas avaliarem os colegas. Aqui está o meu comentário! beijos e uma boa semana! Acho bem que se proteste!!!